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Chuvas ajudam cafeicultura e prejudicam olericultura - (Vila Valério, ES)

Vila Valério

Chuvas de agosto ajudam cafeicultura e prejudicam olericultura - Temporada de chuvas

Temporada de chuvas Chuvas de agosto ajudam cafeicultura e prejudicam olericultura

Produção do morango foi uma das mais prejudicadas

O mês de agosto registrou um número bastante elevado de chuvas no Espírito Santo. Em algumas regiões do Estado, chegou a chover dez vezes acima da média histórica registrada pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). No entanto, esse volume elevado de chuvas não foi prejudicial para todas as regiões capixabas. A produção agrícola foi bastante beneficiada em alguns municípios, embora tenha sido prejudicada em outras localidades.

De acordo com o meteorologista do Incaper, Bruce Pontes, conforme os dados anotados entre 1971 a 2000, a média climatológica calculada para o mês de agosto pelo Incaper indica, aproximadamente, de 25 a 50 mm de chuva para a maior parte do Espírito Santo, sendo que nas regiões Centro Serrano, litoral Sul e na Grande Vitória, a média fica entre 50 e 75 mm.

“Em condições normais, o mês de agosto caracteriza-se por pouquíssimas chuvas, formação de nevoeiros, temperaturas mínimas baixas e temperaturas máximas relativamente mais altas do que nos outros meses do inverno. Costuma ocorrer episódios de baixa umidade relativa do ar e até mesmo queimadas por causa da seca. No entanto, não foi o que houve neste ano. O mês foi atípico, chovendo na maior parte do Espírito Santo”, explicou Bruce Pontes.

Benefícios nas regiões Norte e Sul
Para a produção agrícola capixaba, o volume de chuvas atípico favoreceu bastante algumas lavouras, sobretudo nas regiões Norte e Noroeste. Os municípios de Boa Esperança, Marilândia e Ecoporanga registraram os maiores índices de chuva da região, sendo 210,4mm, 183,6mm e 178,4 mm, respectivamente. Em Vila Valério, onde choveu 144,9mm, os agricultores comemoraram a precipitação inesperada.

“A chuva no mês de agosto é até emocionante, pois eu não vi isso acontecer nos últimos 30 anos. Beneficiou o produtor, pois veio no momento certo, sobretudo para o café, que está no período de florada. Também favoreceu o plantio de outras culturas”, disse o agricultor do Córrego da Saúde, em Vila Valério, Ozílio Partelli. Ele informou que a chuva ajudou a abastecer os córregos e represas, o que auxiliará na irrigação nos próximos períodos. Em sua propriedade, ele cultiva também cacau, coco e pimenta.

De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura do Incaper, Romário Gava Ferrão, as chuvas deste mês beneficiaram o café conilon, pois ocorreram no período de floração. “Nessa época, que costuma ser mais seca, as chuvas auxiliaram a fertilização do solo, adiantando a adubação, e favoreceram o pegamento do fruto. Os reservatórios de água mantiveram o nível, o que garante, mesmo com uma futura estiagem, recursos hídricos para irrigar a lavoura”, informou Romário.

Produção de morango e hortaliças é prejudicada
O excesso de chuvas na Região Serrana do Espírito Santo não foi tão vantajosa para a produção agrícola como nas outras localidades. No município de Santa Teresa, por exemplo, o volume de chuva registrado durante o mês de agosto foi dez vezes acima da média histórica, sendo de 587,6 mm. Já em Marechal Floriano, o volume foi de 329,8 mm. As culturas mais prejudicadas nessas localidades foram a do morango e de olerícolas, sobretudo as hortaliças.

O pesquisador do Incaper, Helcio Costa, informou que no Centro Serrano há produtores que perderam de 50 a 60% da produção de morangos devido a doenças provocadas por fungos, como o “mofo cinzento” e a “flor preta”. “Os produtores que cultivam em campo aberto estão preocupados e devem abandonar a cultura em pouco tempo, o que não aconteceu em anos anteriores, quando se cultivava morangos até
outubro”, informou Helcio. Ele disse que o fungo se espalha pelo canteiro, contaminando as outras plantas sadias.


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