Serra

Venda de cocada vira parada obrigatória no litoral da Serra - Cocada boa

Cocada boa Venda de cocada vira parada obrigatória no litoral da Serra

Manu produz 2.400 cocadas por semana

Quem visita as praias da Serra e segue de Jacaraípe para Nova Almeida já sabe que há uma parada obrigatória em frente à praia de Capuba: trata-se da Cocada da Manu, um verdadeiro ponto de referência para moradores e turistas que param no local a cada minuto para conhecer o doce que já fez fama na região.

Uma das curiosidades é que a responsável pelo local não se chama Manu. Trata-se de Alexandra Souza Lima, uma jovem empreendedora serrana, que decidiu apostar no potencial do litoral da cidade. "Manu é minha filha, Manuela, que tem seis anos!", explicou Alexandra.

Segundo ela, a sua atividade como produtora e vendedora de cocada começou há três anos. No local, havia um vendedor de cocadas que decidiu deixar o Espírito Santo e vendeu a receita para ela por R$ 3 mil.

"Eu tive um dia para aprender a fazer as cocadas", resumiu Alexandra, que aprendeu "tudo direitinho", instalou uma cozinha de granito e construiu uma cobertura para se proteger do sol às margens da estrada, onde ela e mais duas empregadas – uma contratada e outra em experiência – recebem compradores de minuto em minuto.

Alexandra disse que, quando comprou as receitas, o antigo vendedor fazia apenas as cocadas tradicionais, mas ela decidiu investir em novos sabores e hoje são dez tipos de cocadas, que atraem compradores até de países europeus. "Tenho uma compradora de Portugal, que leva as cocadas para lá e revende", disse Alexandra, que também já vendeu seus produtos para compradores franceses e italianos.

Mas um dos clientes mais ilustres de Alexandra é mesmo o leão marinho Fred, que apareceu no litoral da Serra nos últimos anos e acabou atraindo curiosos de vários pontos do Estado. "Quando o Fred veio aqui, a minha cocada começou a ficar mais conhecida ainda, porque as pessoas vinham para vê-lo e acabavam comprando os doces", disse Alexandra.

Ela disse que não se limita às vendas de cocada no ponto que fica na praia de Capuba. Hoje, já tem outras barracas espalhadas pelas praias e ainda vende o produto para comerciantes e donos de restaurantes. São produzidas 1.200 cocadas a cada dia, sendo que a linha de produção é aberta duas vezes por semana.

Com tudo isso, Alexandra disse que, mesmo nos tempos mais difíceis da economia brasileira, não viu nada de crise. "Não teve e nem tem crise. O produto vende o ano inteiro", afirma a empreendedora, que disse que, à medida que o verão se aproxima, os negócios crescem. "No último domingo (19 de novembro), cheguei a ficar espantada. Foram 420 cocadas em um dia", contabilizou, afirmando que espera um movimento extra neste verão na Serra.

Alexandra reconhece que faz parte dos atrativos do litoral serrano e faz questão de divulgar as belezas da cidade para quem vai ao seu ponto. No local, param ônibus de turistas, caminhões e carros de passeio a toda hora. "Muita gente vem com amigos que conhecem a cocada e param aqui para mostrar o produto", disse.

Foi o que aconteceu com Maria de Fátima Souza Felisberto, moradora de Eldorado, na Serra, que estava passeando em Nova Almeida com os amigos Walter e Lusilene Araújo, ele baiano e ela mineira. Ela disse que já conhece a Cocada da Manu e convidou os amigos para conhecerem o produto.

Walter, morador de Salvador, terra das famosas cocadas, disse que é fã do doce e queria conhecer. "Adoro uma cocada e vim conhecer esta", disse o baiano que não quis fazer comparação com o produto de sua terra. "Cocada é boa em qualquer lugar", exagerou. Como ele, Lusilene comprou cocadas tradicionais e deixou para experimentar o produto em casa. "É a primeira vez e queria conhecer", afirmou.


Tags:



Publicidade