Itapemirim

Para não faltar água de qualidade às casas no litoral - Parceria

Parceria Para não faltar água de qualidade às casas no litoral

Apesar de cada vez mais cidades capixabas voltarem a enfrentar racionamento de água, esta não tem sido a realidade de Itapemirim e de Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo. Abastecimento regular de água própria para consumo humano tem sido possível porque o Serviço autônomo de Água e Esgoto (Saae) que atende essas cidades renovou, há pouco mais de um mês, uma parceria com a Usina Paineiras.

A indústria em atividade ininterrupta há mais tempo no estado (105 anos) voltou a ceder voluntariamente ao Saae três motobombas para captar água do rio Itapemirim em um ponto distante três quilômetros do atual, além de quase mil metros de tubulações (que levam essa água das motobombas à rede de abastecimento da Estação de Tratamento de Água, na sede de Itapemirim).

"Sem essa parceria, não teríamos nem água salobra para abastecer as residências. Estaríamos passando por racionamento, neste momento. Porém, conseguindo captar a água mais acima do rio do que o normal, conseguimos manter o abastecimento sem interrupção e garantir água em padrões aprovados pelo Ministério da Saúde", informa o diretor geral do Saae, Clodoaldo Leal Ferreira.

A mudança do local de captação de água no rio é fundamental porque o atual ponto voltou a ser alcançado pelas marés que avançam para dentro do leito do Itapemirim, cuja vazão está baixa devido à estiagem dos últimos anos.

"É a mesma situação do ano passado. Desde a manhã até por volta das 15h00, quando a maré está alta, o mar avança sobre o rio para além do local de captação normal. Então, nesse horário, captamos água no novo local, com o apoio da Usina Paineiras, para abastecer Marataízes e Itapemirim", explica o diretor geral do Saae.

Prioridade sobre a irrigação

Se não estivessem sendo usadas pelo Saae, as motobombas e as tubulações estariam sendo usadas para irrigar as lavouras da Usina Paineiras. Porém, a indústria novamente aceitou colaborar para abastecer as pessoas.

"Nós concordamos que a prioridade é o abastecimento humano. Essas motobombas e tubulações fazem falta na lavoura, que têm sofrido muito com a estiagem (que felizmente neste ano foi menos grave). Mas não é o momento de pensar nisso: nós também fazemos parte desta comunidade e colaboramos voluntariamente", destaca o diretor de Negócios da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas.

Saae conseguiu mais recursos

Para levar seu ponto de captação de água no rio Itapemirim para um ponto ainda mais distante da foz, o Saae conseguiu uma vitória importante nesta quinta-feira (19): a assinatura do convênio pela prefeitura de Itapemirim, que não havia sido possível devido à troca de prefeitos dos últimos meses.

"A licitação para a construção da nova captação, realizada em 2016, deu R$ 5 milhões, a serem divididos entre as duas prefeituras. Marataízes assinou o convênio ainda no ano passado e já repassou R$ 2 milhões, o que nos permitiu construir dois quilômetros de rede além da captação anterior. Já estamos usando essa rede, com o apoio da Usina Paineiras. Agora, com o convênio com Itapemirim, vamos seguir com o investimento", informa o diretor geral do Saae, Clodoaldo Leal Ferreira.


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