Conceição da Barra

Rose de Freitas é citada em delação de Lúcio Funaro - Denúncia de Janot

Denúncia de Janot Rose de Freitas é citada em delação de Lúcio Funaro

   


Em delação premiada apresentada na quinta-feira (12) passada do doleiro e operador de propinas de Eduardo Cunha (PMDB), Lúcio Funaro, a senadora capixaba Rose de Freitas (PMDB) é citada como um dos políticos beneficiários de poupança feita no exterior pelo ex-presidente da Câmara no valor aproximado de R$ 90 milhões. Esta delação se relaciona à segunda denúncia do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Segundo o delator, o dinheiro acumulado por Cunha durante 15 anos teria sido usado nas campanhas de 2014 para diversos políticos, entre eles: Geddel Vieira Lima, que disputaria o Senado na Bahia, Henrique Eduardo Alves, ao governo do Rio Grande do Norte e Rose de Freitas ao Senado do ES. Em contrapartida os políticos eleitos apoiariam Cunha para a Presidência da Câmara, em 2015.

"Que o objetivo era investir todo o recurso arrecadado para eleger o Henrique Eduardo Alves como governador do Rio Grande do Norte, e para eleger os deputados que Eduardo Cunha queria eleger, para que estes, depois, votassem em Cunha para presidente da Câmara", dizia trecho da delação de Janot.

Na sequência da delação Funaro traz nome de outros políticos beneficiados: : "Que acredita que foi arrecadado um total de 80-90 milhões para as campanhas dos seguintes políticos de 2014: Henrique Eduardo Alves, Marcelo Miranda (TO), Geddel (Senado), Sandro Mabel, Marcelo de Castro (PI), Antônio Andrade (MG) – via Mateus Moura –, Lucia Vieira Uma, Priante, Manoel Júnior, Fernando Jordão, Sora Santos, Rose de Freitas ao Senado, Cândido Vacarezza, Carlos Bezerra".

Presidência

No mesmo dia, em 1º de fevereiro de 2015, quando Eduardo Cunha foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, Rose tomava posse no Senado. Esta foi uma das justificativas que a parlamentar capixaba usou  para se defender da acusação feita por Lúcio Funaro.

"É a palavra de um aventureiro que quer me denegrir, uma história mal contada, inverídica. Eu não votava na Câmara, eu já tinha sido eleita senadora. Ele (Cunha) não poderia comprar o voto de quem não votava na Câmara. Além de ser uma mentira, é uma mentira despropositada", disse a senadora, que prosseguiu: "Fui eleita com muito pouco apoio do PMDB. É um absurdo, evidentemente. E já pedi meus advogados para olharem", disse.

Durante entrevista concedida para A Gazeta, Rose relembrou de um episódio contrário aos interesses de Cunha quando este já era presidente da Câmara e Rose presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), onde a Senadora Capixaba , entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que a votação das contas dos ex-presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, feita pela Câmara na ocasião, foi ilegal.

Segundo a senadora aquela era uma competência do Congresso e Cunha, por sua vez, mencionou que havia interesses por trás da ação com objetivo de tumultuar para que as contas não fossem votadas.

Assista o Vídeo abaixo no trecho de 6:37 minutos




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