Para reforçar as ações de recuperação em áreas degradadas em terras indígenas do Espírito Santo, a Fundação Nacional do Índio (Funai) firmou acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado (Seama).
Com a medida, cerca de 160 mil mudas devem ser plantadas em quase 200 hectares que hoje estão degradados. Também estão previstas atividades de gestão ambiental e a adoção de práticas de uso amigável do solo.
O acordo de cooperação técnica começou a ser elaborado no ambiente de execução do Projeto Gati (2010-2016), com intensa participação de representantes indígenas locais, servidores da Funai e da Seama. A partir dos resultados, o acordo poderá servir de modelo para a aplicação em outras regiões do País.
Inicialmente, as terras do atual Espírito Santo eram habitadas por
diversos povos indígenas todas pertencentes ao
tronco: Tupi;
as tribos do interior eram chamadas de Botocudos, sendo-lhes
atribuído comportamento hostil e belicoso, além da prática de antrofagia.
No litoral, as tribos também eram hostis, porém de hábitos um pouco diferentes.
Na região Sul do atual estado e na região da serra do Caparaó, as tribos não eram hostis, e
o seu nome deriva de seu hábito de levar os visitantes para "ouvir o
silêncio" da Serra do Castelo. As
demais tribos eram os almorés e os goitacás.
Na região norte do Espírito Santo várias tribos
ocupavam as regiões do Vale dos rios Cricaré e rio Doce, entre eles Tupinambás,
Pataxós, Maxacalis e Botocudos que imigraram de Minas Gerais e ocuparam toda
essa região. Estes últimos foram os mais massacrados devido a sua não aceitação
de contato com o homem branco.
Atualmente Aracruz é o único município capixaba que
possui índios aldeados no estado do Espírito Santo, com duas etnias: Tupiniquim
e Guarani. Atualmente são nove aldeias assim distribuídas: quatro guaranis e
cinco tupiniquins. Os Guaranis, que vieram do sul do País na década de 60,
mantêm suas características como: a língua, a religião, o artesanato e suas
manifestações culturais. Já os Tupiniquins, que são remanescentes do município
de Aracruz, devido ao contato com o homem branco, perderam algumas de suas
características, porém mantiveram os grupos culturais como referência da sua
cultura.
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