Eleições 2012 TRE: Resultado da eleição vai sair em uma hora
Sairão às 18h do dia da eleição, 7 de outubro, os resultados de quem ganhou para prefeito e vereador em municípios pequenos do Estado. As juntas eleitorais vão fechar o total de votos uma hora depois do encerramento da votação, enquanto colégios eleitorais maiores, como os da Grande Vitória, terão o resultado final anunciado por volta das 21h.
Esta é a estimativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que já tem encaminhada praticamente toda a estrutura de planejamento, segurança e distribuição de urnas. Isso, claro, se nenhuma adversidade acontecer, como chuva, raios derrubando energia, carros que transportam resultados e urnas quebrando, fila esticando a votação além das 17h...
Ao todo, 31 mil mesários vão trabalhar no dia da eleição, distribuídos em 78 cidades, 58 zonas eleitorais e 7.722 mil seções. O caminho percorrido pelo voto é o seguinte: sai da seção, onde é emitido o boletim de urna, e vai em carro até a junta eleitoral, onde é feito o somatório geral. Esse resultado já pronto é repassado ao TRE, que faz a divulgação e envia os dados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"O processo difere um pouco do que ocorre nas eleições gerais (presidente da República, governador, senador e deputados), quando é o TRE que contabiliza os votos", explica Danilo Marchiori, secretário de Tecnologia da Informação do TRE. Nem toda cidade tem uma junta eleitoral. Há localidades, como Paraju (Domingos Martins), com os chamados pontos de transmissão avançados, que agilizam a transmissão para a sede do cartório responsável pela região.
Nova cidade com biometria
Neste pleito, há uma novidade: uma terceira cidade capixaba vai se somar a Viana e Castelo na votação biométrica: Dores do Rio Preto, onde houve revisão do eleitorado.
O TSE logo deve emitir novas metas para o pleito de 2014, o que permitirá a ampliação gradual dos municípios com votação a partir da impressão digital do eleitor. "O sistema biométrico não traz muito atraso, apenas acrescenta um procedimento", avalia Danilo.
A segurança da urna
Tamanho investimento nada lembra os tempos de urna de lona, quando, além das centenas de denúncias de fraude, demorava-se até uma semana para apurar o resultado de uma eleição. A tecnologia da urna brasileira já foi colocada à prova até de hackers: a pedido do TSE, eles tentaram invadir os sistemas e testar a inviolabilidade dos dados.
"Não há sistema 100% infalível, mas há uma série de barreiras tecnológicas na urna eletrônica que impedem alguma fraude em tão curto prazo", observa Danilo Marchiori. Além da criptografia, que embaralha os dados, os instrumentos de blindagem das máquinas incluem a presença de entidades na hora do preparo das urnas (partidos, Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público); auditoria determinada pelo TSE; e um sistema de votação paralela com duas urnas sorteadas no TRE para checar se a urna contabiliza os votos fidedignamente ao digitado. A votação paralela é feita com urna de lona no dia anterior ao pleito.
Para evitar imprevistos, o TRE deixa ao menos mil urnas de prontidão para substituições. Elas ficam com técnicos próximos às seções, para facilitar a logística em caso de panes. No próximo dia 24 começa a preparação das urnas em todos os cartórios: limpeza, novas bobinas de papel, carga nas baterias, transferência dos dados de eleitores e candidatos de cada seção. Depois de testadas, as urnas são lacradas.
Boletim serve de prova
Além disso, assim que encerra a votação, o mesário aperta um botão na urna, da qual é emitido um boletim de urna que contém os dados consolidados daquela seção. Isso, segundo Danilo, também desmente suspeitas de que alguém, antes de o resultado chegar à junta eleitoral, pudesse invadir o sistema de comunicação do TRE e alterar dados. Como o boletim de urna é distribuído a partidos, imprensa e posto na porta da seção, serve como prova pública em caso de eventual deturpação posterior de dados.
O TRE não prevê grandes dificuldades no transporte e recolhimento das urnas, mas há preocupação sobretudo com localidades com morro. "As regiões Serrana e do Caparaó são mais difíceis. Se tiver morro com estrada ruim, o carro não sobe, e é pior ainda se chover", diz Danilo.
Pelo menos outra acessibilidade corre menos riscos. A Corte Eleitoral tem feito cadastros de eleitores portadores de algum tipo de necessidade especial, de forma a mudar os locais de votação para facilitar a locomoção ao votar.
Erros comuns do eleitor
O TRE alerta o eleitor para evitar o erro comum de votar primeiro para prefeito e depois para vereador. A ordem correta é votar para vereador e depois prefeito. "Há confusão. A pessoa chega, digita os dois números de prefeito, aperta o "confirma" muito rápido e, de imediato, já aparece a opção para votar para prefeito de novo. Tem de esperar a imagem do candidato aparecer para então confirmar. Se você vota para prefeito na vez de vereador, o voto vai para a legenda do candidato", argumenta Danilo.
Independente da qualidade dos candidatos, o sistema eleitoral brasileiro é considerado um "modelo exportação". Bem mais avançado, sugerem especialistas, do que o modelo de eleição indireta dos Estados Unidos. Lá, com cédulas de papel, eleitores votam no candidato preferido, mas o resultado final depende de comissões estaduais - colégios eleitorais - que elegem o novo presidente do país.
A votação russa também é feita em cédula de papel, em tamanho similar ao de uma folha de papel A4. No último pleito, sob acusações de fraudes, foram instaladas webcams nos locais de votação.
Com informações do G1-ES
Esta é a estimativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que já tem encaminhada praticamente toda a estrutura de planejamento, segurança e distribuição de urnas. Isso, claro, se nenhuma adversidade acontecer, como chuva, raios derrubando energia, carros que transportam resultados e urnas quebrando, fila esticando a votação além das 17h...
Ao todo, 31 mil mesários vão trabalhar no dia da eleição, distribuídos em 78 cidades, 58 zonas eleitorais e 7.722 mil seções. O caminho percorrido pelo voto é o seguinte: sai da seção, onde é emitido o boletim de urna, e vai em carro até a junta eleitoral, onde é feito o somatório geral. Esse resultado já pronto é repassado ao TRE, que faz a divulgação e envia os dados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"O processo difere um pouco do que ocorre nas eleições gerais (presidente da República, governador, senador e deputados), quando é o TRE que contabiliza os votos", explica Danilo Marchiori, secretário de Tecnologia da Informação do TRE. Nem toda cidade tem uma junta eleitoral. Há localidades, como Paraju (Domingos Martins), com os chamados pontos de transmissão avançados, que agilizam a transmissão para a sede do cartório responsável pela região.
Nova cidade com biometria
Neste pleito, há uma novidade: uma terceira cidade capixaba vai se somar a Viana e Castelo na votação biométrica: Dores do Rio Preto, onde houve revisão do eleitorado.
O TSE logo deve emitir novas metas para o pleito de 2014, o que permitirá a ampliação gradual dos municípios com votação a partir da impressão digital do eleitor. "O sistema biométrico não traz muito atraso, apenas acrescenta um procedimento", avalia Danilo.
A segurança da urna
Tamanho investimento nada lembra os tempos de urna de lona, quando, além das centenas de denúncias de fraude, demorava-se até uma semana para apurar o resultado de uma eleição. A tecnologia da urna brasileira já foi colocada à prova até de hackers: a pedido do TSE, eles tentaram invadir os sistemas e testar a inviolabilidade dos dados.
"Não há sistema 100% infalível, mas há uma série de barreiras tecnológicas na urna eletrônica que impedem alguma fraude em tão curto prazo", observa Danilo Marchiori. Além da criptografia, que embaralha os dados, os instrumentos de blindagem das máquinas incluem a presença de entidades na hora do preparo das urnas (partidos, Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público); auditoria determinada pelo TSE; e um sistema de votação paralela com duas urnas sorteadas no TRE para checar se a urna contabiliza os votos fidedignamente ao digitado. A votação paralela é feita com urna de lona no dia anterior ao pleito.
Para evitar imprevistos, o TRE deixa ao menos mil urnas de prontidão para substituições. Elas ficam com técnicos próximos às seções, para facilitar a logística em caso de panes. No próximo dia 24 começa a preparação das urnas em todos os cartórios: limpeza, novas bobinas de papel, carga nas baterias, transferência dos dados de eleitores e candidatos de cada seção. Depois de testadas, as urnas são lacradas.
Boletim serve de prova
Além disso, assim que encerra a votação, o mesário aperta um botão na urna, da qual é emitido um boletim de urna que contém os dados consolidados daquela seção. Isso, segundo Danilo, também desmente suspeitas de que alguém, antes de o resultado chegar à junta eleitoral, pudesse invadir o sistema de comunicação do TRE e alterar dados. Como o boletim de urna é distribuído a partidos, imprensa e posto na porta da seção, serve como prova pública em caso de eventual deturpação posterior de dados.
O TRE não prevê grandes dificuldades no transporte e recolhimento das urnas, mas há preocupação sobretudo com localidades com morro. "As regiões Serrana e do Caparaó são mais difíceis. Se tiver morro com estrada ruim, o carro não sobe, e é pior ainda se chover", diz Danilo.
Pelo menos outra acessibilidade corre menos riscos. A Corte Eleitoral tem feito cadastros de eleitores portadores de algum tipo de necessidade especial, de forma a mudar os locais de votação para facilitar a locomoção ao votar.
Erros comuns do eleitor
O TRE alerta o eleitor para evitar o erro comum de votar primeiro para prefeito e depois para vereador. A ordem correta é votar para vereador e depois prefeito. "Há confusão. A pessoa chega, digita os dois números de prefeito, aperta o "confirma" muito rápido e, de imediato, já aparece a opção para votar para prefeito de novo. Tem de esperar a imagem do candidato aparecer para então confirmar. Se você vota para prefeito na vez de vereador, o voto vai para a legenda do candidato", argumenta Danilo.
Independente da qualidade dos candidatos, o sistema eleitoral brasileiro é considerado um "modelo exportação". Bem mais avançado, sugerem especialistas, do que o modelo de eleição indireta dos Estados Unidos. Lá, com cédulas de papel, eleitores votam no candidato preferido, mas o resultado final depende de comissões estaduais - colégios eleitorais - que elegem o novo presidente do país.
A votação russa também é feita em cédula de papel, em tamanho similar ao de uma folha de papel A4. No último pleito, sob acusações de fraudes, foram instaladas webcams nos locais de votação.
Com informações do G1-ES
Tags:
