Santo Antônio foi frade agostiniano no Convento São Vicente de Fora,
em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra,
onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e
da literatura patrística, científica e clássica.
Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito,
vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e
na França.
No ano de 1221 fez parte do Capítulo Geral da Ordem em Assis,
a convite do próprio Francisco, o fundador, que o convidou também a
pregar contra os albigenses em França. Foi transferido depois para Bolonha e
em seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.
A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica
pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e
sobretudo como notável orador e grande taumaturgo.
António é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do
período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela coletânea de
sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto
com a literatura religiosa como com diversos aspetos das ciências profanas,
referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o velho, Cícero, Seneca, Boécio, Galeno e Aristóteles,
entre muitas outras. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas
figuras da Igreja Católica do seu tempo. Lecionou em universidades italianas e
francesas e foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos. Hoje é
visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e
sendo o centro de rico folclore.