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Metade da bancada capixaba não tem apoiado reformas de Temer - Política Capixaba

Política Capixaba Metade da bancada capixaba não tem apoiado reformas de Temer

Os deputados capixabas que se dizem governistas não estão sendo totalmente fiéis ao governo.

Na iniciativa do governo para acelerar a tramitação do Projeto de Lei 6787/16 que reforma às leis trabalhistas, três dos sete capixabas governistas disseram não, por duas vezes, ao pedido de urgência para agilizar a votação.

Foram eles: Carlos Manato (SD), Jorge Silva (PHS) e Evair de Melo (PV). Os deputados Hélder Salomão (PT) e Sérgio Vidigal (PDT) também foram contrários. Mas ambos são oposicionistas.Givaldo Vieira PT) faltou. Seriam seis votos contra Temer.

Salomão só votou na primeira votação que tinha rejeitado a urgência. Na segunda votação, que aprovou a urgência para a reforma trabalhista ele não votou.

O deputado Givaldo Vieira (PT), também oposicionista, não votou em nenhuma das duas vezes. Ele está de licença médica, segundo informou seu gabinete.

A justificativa de Manato para dizer não a urgência da mesma reforma foi que "o nosso partido nasceu nos sindicatos". "Acompanhamos as bases", resumiu.

Já Evair de Melo afirmou que concorda com o pedido de urgência apenas para casos que envolvam segurança nacional e situações de calamidade. "Usá-lo como manobra é mais umas das vergonhas da política brasileira", comentou.

Segundo ele, as reformas da previdência, trabalhista e tributária "são temas que merecem respeito, calma e cautela". O deputado Jorge Silva não retornou o contato.

Já os outros governistas capixabas não decepcionaram o governo quanto ao pedido para acelerar a votação da reforma trabalhista. Lelo Coimbra (PMDB), Marcus Vicente (PP), Norma Ayub (DEM) e Paulo Foletto (PSB) votaram sim nas duas vezes que a urgência foi votada.

Nova defecção

Entretanto, a governista Norma Ayub não se mostrou totalmente fiel ao governo Temer ao votar não ao substitutivo defendido pelo governo federal para aprovar um novo regime de recuperação fiscal dos Estados.

Nesta votação específica, Ayub foi acompanhada pelo também governista Jorge Silva.

Ele informou que rejeitou essa matéria porque vê nela injustiças aos servidores públicos que "pagarão o preço mais uma vez pela má-gestão dos governantes". Já a deputada do DEM não retornou o contato.

Votaram a favor do novo regime de recuperação fiscal que endurece as regras aos Estados que queiram fazer novos empréstimos com o governo federal os deputados Manato, Evair de Melo, Lelo Coimbra, Marcus Vicente e Foletto.

Sem receios

A infidelidade dos governistas capixabas parece não se preocupar muito com o aviso que o presidente Michel Temer mandou aos seus parlamentares da base por meio do vice-líder da Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Segundo Perondi, os parlamentares dos partidos governistas que "não votarem conosco" têm que entregar os cargos distribuídos pelo governo as legendas que prometem apoio as propostas do governo federal.

Por esse critério, a traição de Ayub ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17 que cria o novo regime de recuperação fiscal dos Estados mereceria a saída de Mendonça Filho (DEM-PE) do ministério da Educação.

O mesmo valeria para cada insubordinação praticada por Evair de Melo para o afastamento de Sarney Filho (PV-MA) do ministério do Meio Ambiente.

Já a infidelidade dos deputados Manato e Jorge Silva recairia para a entrega dos cargos de segundo e terceiro escalão do governo federal que são ocupados por indicados pelos 14 deputados do SD e pelosn 7 deputados do PHS.

Abaixo seguem quatro tabelas que mostram como votaram os deputados capixabas tanto na proposta que institui uma reforma na legislação trabalhista, quanto no PLP 343/17.

As tabelas também mostram o número de ministérios que são ocupados pelos partidos que dão sustentação ao governo do presidente Michel Temer.

2ª VOTAÇÃO – PL 6787/16

FAVORÁVEL A URGÊNCIA


Carlos Manato (SD)

NÃO

Jorge Silva (PHS)

NÃO

Evair de Melo (PV)

NÃO

Givaldo Vieira (PT)

Não votou

Hélder Salomão (PT)

Não votou

Lelo Coimbra (PMDB)

SIM

Marcus Vicente (PP)

SIM

Norma Ayub (DEM)

SIM

Paulo Foletto (PSB)

SIM

Sérgio Vidigal (PDT)

NÃO

1ª VOTAÇÃO – PL 6787/16

FAVORÁVEL A URGÊNCIA


Carlos Manato (SD)

NÃO

Jorge Silva (PHS)

NÃO

Evair de Melo (PV)

NÃO

Givaldo Vieira (PT)

Não votou

Hélder Salomão (PT)

NÃO

Lelo Coimbra (PMDB)

SIM

Marcus Vicente (PP)

SIM

Norma Ayub (DEM)

SIM

Paulo Foletto (PSB)

SIM

Sérgio Vidigal (PDT)

NÃO

PARLAMENTAR

FAVORÁVEL AO PLP 343/17


Carlos Manato (SD)

SIM

Jorge Silva (PHS)

NÃO

Evair de Melo (PV)

SIM

Givaldo Vieira (PT),

Não votou (licença médica)

Hélder Salomão (PT)

NÃO

Lelo Coimbra (PMDB)

SIM

Marcus Vicente (PP)

SIM

Norma Ayub (DEM)

NÃO

Paulo Foletto (PSB)

SIM

Sérgio Vidigal (PDT)

Não votou (estava em obstrução)

MINISTÉRIOS

PARTIDOS


CASA CIVIL

PMDB

SECRETARIA DE GOVERNO

PSDB

SECRETARIA-GERAL DA PRES.

PMDB

SEGURANÇA INSTITUCIONAL

GENERAL OCUPA O CARGO

JUSTIÇA

PMDB

DEFESA

PPS

RELAÇÕES EXTERIORES

PSDB

FAZENDA

PMDB

TRANSPORTES

PR

AGRICULTURA

PR

EDUCAÇÃO

DEM

CULTURA

PPS

TRABALHO

PTB

SOCIAL E AGRÁRIO

PMDB

SAÚDE

PP (PHS)

MDIC

PRB

MINAS E ENERGIA

PSB

PLANEJAMENTO

PMDB

FAZENDA

PMDB

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

PSD

MEIO AMBIENTE

PV

ESPORTE

PMDB

TURISMO

PMDB

INTEGRAÇÃO NACIONAL

PMDB

CIDADES

PSDB

TRANSPARENCIA

INDICAÇÃO TÉCNICA

DIREITOS HUMANOS

PSDB

AGU

INDICAÇÃO TÉCNICA

BACEN

INDICAÇÃO TÉCNICA

PARTIDO

ESPAÇO NO GOVERNO


PMDB (64 deputados)

10 MINISTÉRIOS

PP/PHS (54 deputados)

01 MINISTÉRIO

PSB (35 deputados)

01 MINISTÉRIO

DEM (29 deputados)

01 MINISTÉRIO

SD (14 deputados)

CARGOS DE 2º E 3º ESCALÃO

PV (6 deputados)

01 MINISTÉRIO

PT (58 deputados)

OPOSIÇÃO

PDT (20 deputados)

OPOSIÇÃO

Por Humberto Azevedo


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