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Cariacica é a cidade da Grande Vitória com mais áreas de preservação - Meio Ambiente

Meio Ambiente Cariacica é a cidade da Grande Vitória com mais áreas de preservação

Cariacica é o município da Grande Vitória que mais preservou mata atlântica

Unidades de conservação ocupam quase 20% do território do município.
Levantamento é da Fundação SOS Mata Atlântica, de 2014 e 2015.

Um estudo feito pela Fundação SOS Mata Atlântica apontou Cariacica como o município da Grande Vitória que mais preservou mata atlântica entre os anos de 2014 e 2015. A cidade possui reserva estadual e áreas de preservação municipais, que, juntas, ocupam quase 20% do território do município.

A Reserva de Duas Bocas, em Cariacica, tem quase três mil hectares de área verde e abriga espécies nativas da mata atlântica. Parte da vegetação se estende até o Mestre Álvaro, na Serra, formando o chamado corredor ecológico.

“O corredor, na verdade, faz uma conexão com essa vegetação que chega ao município da Serra. Isso possibilita o incremento da biodiversidade, a movimentação de fauna. Então, você possibilita que espécies possam transitar para outros municípios também, nessas áreas que são preservadas”, falou a diretora-presidente do Iema Andreia Carvalho.

Na lista dos municípios que mais preservaram mata atlântica, também estão Marechal Floriano, Alfredo Chaves e Santa Leopoldina. Sooretama ficou em primeiro lugar no estado, com mais de 42% de toda a área do município preenchida por mata atlântica preservada.

“A Reserva de Sooretama é mantida pela União, que é o ICMBio. E nós temos a reserva particular de uma empresa também, que somando essas duas, nós temos uma grande área, como um todo, de preservação”, disse Andreia.

Perda de florestas
No Norte do estado, também há municípios que registraram perde de área verde. Segundo o levantamento da SOS Mata Atlântica, Linhares foi a cidade que mais desmatou entre os anos de 2014 e 2015.

O estudo foi feito por meio de uma comparação entre fotos de satélite. Mas, de acordo com especialistas do Ibama, essa forma de avaliação tem falhas. Se, do alto, apareceu um desmatamento de 60 hectares em Linhares, de perto, segundo o Ibama, foram mais de 1,1 mil hectares.

“A gente tem pego áreas em que o desmatamento ainda está em andamento. Então, a pessoa começou a tirar só algumas árvores, para não chamar atenção, e a gente tem conseguido chegar a essas áreas e, antes de ele concluir toda a área desmatada, a gente já embarca tudo”, falou o analista ambiental do Ibama Givanildo Lima.

O Ibama disse que, até pouco tempo, as árvores da mata atlântica ajudavam a proteger os pés de cacau, cultura forte em Linhares. Mas produtores estão loteando as propriedades, como mostram fotos feitas por fiscais do Ibama.

“Em Linhares, estão surgindo muitos loteamentos irregulares dentro da área de mata atlântica, que não poderia ser utilizada para outro fim”, destacou o analista ambiental.


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