Castelo

Força-tarefa investiga ligação de PMs em ataques a ônibus - Investigação

Investigação Força-tarefa investiga ligação de PMs em ataques a ônibus

O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, anunciou nesta terça-feira (14) que uma força-tarefa vai investigar a participação de policiais militares em atentados contra ônibus. Nesta segunda-feira (13), dois coletivos foram incendiados, um em São Torquato, Vila Velha; outro em Campo Belo, Cariacica.

O protesto de parentes de PMs que fecha a entrada dos batalhões e quarteis no Espírito Santo chega ao 11º dia nesta terça. Desde que começou, no sábado (4), uma onda de violência tomou conta do estado e deixou mais de 140 mortos.

Garcia destacou que, embora o movimento esteja perdendo força, há um lado que aposta em atentados. "Hierarquia e disciplina foram perdidas nos últimos dias, mas vamos reestabelecer a ordem. Radicalizar com quem quer radicalizar e conversar com quem quer conversar", afirmou.

Ônibus incendiados
Desde que a paralisação de PMs começou no sábado (4), alguns ônibus foram vítimas de incêndios criminosos no Espírito Santo.

No domingo (5), dois ônibus do Transcol foram incendiados durante a noite, na ES-010, em Manguinhos, na Serra, Grande Vitória. O incêndio não deixou feridos, mas ainda não há indícios de autores.

Nesta segunda-feira (13), um ônibus do Sistema Transcol, que fazia a linha 588 (Campo Grande - Itaparica), foi incendiado. Como ele retornava para a garagem, não tinha passageiros. Ninguém ficou ferido.

Também na segunda, um ônibus da viação Sanremo foi incendiado no bairro São Torquato, em Vila Velha, por volta das 14h. Ele fazia a linha 015 (Jóquei de Itaparica x São Torquato via Paul). Segundo a Guarda Municipal, o incêndio foi criminoso. Ninguém ficou ferido.

Denúncias na ouvidoria
O secretário declarou também que já existem mais de 30 denúncias na ouvidoria nacional, em Brasília, sobre os crimes cometidos com suspeita de envolvimento policial. Ele afirmou que vai entrar em contato como órgão para apurar as denúncias. "Vamos investigar as milícias, se é que isso está sendo criado aqui", afirmou.

Processos administrativos
No Diário Oficial do Estado nesta terça, a Polícia Militar anunciou a instauração dos primeiros Inquéritos Policiais Militares (IPMs) e processos administrativos que podem terminar na demissão de 155 militares envolvidos no aquartelamento.

Veja lista dos policiais militares que respondem por envolvimento na paralisação

Sobre a lista, Garcia falou que se outros policiais se revoltarem por causa dela, vão integrar as próximas.

Assalto ao Convento
O Convento da Penha também foi vítima de ação criminosa. Dois assaltantes se passaram por fiéis da Igreja Católica para roubar o dinheiro do local. O frei Pedro Engel, de 80 anos, foi rendido e amarrado. Quantia levada pelos criminosos não foi informada. Suspeitos fugiram.

"Esse assalto cometido no Convento também faz parte do hall de investigações especiais. Estamos investigando com todo rigor", disse o secretário.

Mortes violentas
O secretário de Segurança Pública disse que vai fazer um pente fino em todas as investigações de mortes registradas durante a paralisação da PM. Em 10 dias, entre o sábado (4) e a segunda-feira (13), já foram registrados mais de 140 homicídios.


Tags:



Publicidade