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Familiares de PMs impedem saída de viaturas de batalhões no ES - Protesto

Protesto Familiares de PMs impedem saída de viaturas de batalhões no ES

Carros da polícia são impedidos de sair de batalhão

Familiares de policiais militares, sendo grande parte mulheres, protestam desde as 6h deste sábado (4) na frente de diversos batalhões da Polícia Militar do Espírito Santo. Revindicando reajuste salarial e pagamento de auxílios, eles bloqueiam a saída de viaturas e policiais.

O secretário de Estado da Segurança Pública, André Garcia, disse que o governo tem mantido um canal de diálogo aberto com as entidades que representam os policiais militares e com as manifestantes, que serão convidadas para uma reunião nesta tarde.

Garcia reconheceu que os protestos estão causando prejuízo ao policiamento, mas há esforços para que a situação seja resolvida desde ontem.

"Estamos fazendo de tudo para regularizar esse atendimento. Conseguimos lançar algumas viaturas na Região Metropolitana. Não estamos com nenhum homicídio na região", falou.

O primeiro protesto aconteceu na manhã desta sexta-feira, quando um grupo de esposas, namoradas e filhas de policiais militares fizeram um ato em frente ao Destacamento da Polícia Militar (DPM) do bairro Feu Rosa, na Serra.

Neste sábado, em frente ao 4º batalhão da Polícia Militar em Vitória, manifestantes pediram atenção do governador do estado. "Paulo Hartung, sai do conforto e venha ver a PM no sufoco".

O protesto acontece em toda a Região Metropolitana de Vitória, Guarapari, Linhares e Aracruz, Colatina e Piúma. Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Sargento Renato, há manifestantes inclusive em frente à cavalaria, BME, batalhão de transito e Quartel General da PM.

Além do reajuste salarial, os familiares pedem o pagamento de auxílio alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno. Também são denunciados o sucateamento da frota e falta de perspectiva de carreira.

Sul
No Sul do estado o protesto acontece na frente dos batalhões de Cachoeiro de Itapemirim, Iúna, Piúma, Marataízes e Alegre. As manifestantes se reuniram por volta das 18 horas de sexta-feira (3) na frente dos imóveis e não tem previsão de sair dos locais.

Em Cachoeiro de Itapemirim, cerca de 15 mulheres se reúnem na frente do 9º Batalhão, no bairro Coronel Borges. Elas estão se revezando em turnos. Para conseguir ficar no local, elas montaram um acampamento com barracas, mesas, cadeiras e outros objetos.

O namorado e o sogro da atendente comercial Jéssica Medeiros, 20 anos, são da Polícia Militar. Ela fez parte do primeiro turno de manifestantes. “A criminalidade abaixou muito e infelizmente o governo não dá valor para eles. Estamos correndo para ver se temos uma melhora. Eles não falam nada. Enquanto eles não forem ouvidos vai continuar”, disse.

Associação dos Oficiais Militares
A Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo informou que apoia o movimento. O Major Rogério do BME afirmou que espera que possa haver diálogo em breve entre os manifestantes, as associações e o Governo do Estado.

"Nossos policiais estão passando fome. Temos o pior salário do Brasil. Queremos sentar e traçar uma possibilidade de melhoria salarial", disse.

Conselho de segurança
O membro do conselho de segurança da Grande Vitória, Antonio Carlos Aprigio, explicou que a reivindicação é antiga.

"O protesto acontece devido aos baixos salários recebidos pelos militares, com o pior salário do país. Eles estão há 4 anos sem reajuste, além de terem que devolver o colete ao sair do trabalho, o que põe em risco a vida do agente público”, afirmou.





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