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Presidente Kennedy: Reginaldo Quinta deixa a cadeia - (Presidente Kennedy, ES)

Presidente Kennedy

Presidente Kennedy: ex-prefeito Reginaldo Quinta deixa a cadeia - Livre da Prisão

Livre da Prisão Presidente Kennedy: ex-prefeito Reginaldo Quinta deixa a cadeia

Exatos 82 dias. Foi o tempo que o prefeito de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta (PTB), ficou detido, acusado de comandar uma quadrilha que fraudava licitações, contratos e desviava dinheiro dos cofres do município.

Ontem, ele e mais quatro pessoas apontadas pelo Ministério Público Estadual (MPES) como envolvidas no esquema tiveram liberdade concedida, em caráter liminar, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entre os acusados que deixaram as celas ontem estão a "supersecretária" Geovana Quinta Costalonga, que acumulava as pastas de Educação, Assistência Social e Habitação; o pregoeiro Jovane Cabral da Costa e os ex-secretários Flávio Jordão e Márcio Alves da Silva, das pastas de Transportes e Meio Ambiente, respectivamente.

Reginaldo Quinta saiu da carceragem do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Vitória, às 22h30, sem falar com a imprensa. A informação era de que ele seguiria ainda na noite de ontem para Presidente Kennedy.
Ainda que em liberdade, a vida dos detidos na Operação Lee Oswald, ocorrida no dia 19 de abril, não será fácil.

A decisão liminar, assinada pelo ministro presidente do STJ, Ari Pargendler, substitui a prisão preventiva por medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo para informações de rotina (se trabalham, o que fazem) e a proibição de os cinco deixarem o município.

Além disso, Reginaldo e seus aliados estão proibidos de deixar o Brasil, devendo entregar seus passaportes à Polícia Federal. Eles também terão que obedecer à ordem de recolhimento domiciliar no período noturno e aos finais de semana.

Intervenção
Em sua decisão, Pargendler considerou que a conclusão do inquérito da Operação Lee Oswald pela Polícia Federal, inclusive com autos remetidos ao Tribunal de Justiça do Estado (TJES), afasta riscos de destruição de provas ou interferência dos acusados em quaisquer investigações que porventura surjam. Por isso, a prisão já não seria necessária.

Na última quinta-feira, o TJES definiu a intervenção estadual em Presidente Kennedy. O promotor aposentado Lourival do Nascimento foi designado pelo governador Renato Casagrande (PSB) para assumir o município e já está na cidade. A Assembleia acata a indicação hoje.

Segundo o MPES e do TJES, nada muda administrativamente na cidade com a soltura do prefeito. Ou seja: a intervenção continua valendo, porque trata-se de uma decisão que independe da presença ou não de Reginaldo no município. Os trabalhos do interventor, de fato, começam hoje. (Com colaboração de Rondinelli Tomazelli)

Bermudão e visitas aos domingos
Reginaldo Quinta, afirma uma fonte da PM, passou o dia de ontem usando bermudão, camisa de malha e chinelo na carceragem. Aos domingos, costumava receber familiares e funcionários da Prefeitura de Presidente Kennedy, dos quais matava a saudade num grande "mesão". Ontem, seu Corolla saiu veloz do Quartel - a família teria impedido Quinta de dar entrevista.

A operação Lee Oswald

A fraude
A quadrilha criminosa desvendada pela operação da Polícia Federal atuava em pregões presenciais. Ao todo, 21 contratos firmados em 2011, que somam R$ 55 milhões em Presidente Kennedy, teriam sido prejudicados. Ao menos R$ 9,5 milhões foram desviados.

Prisões
No dia 19 de abril, 28 pessoas foram levadas para a cadeia. O prefeito Reginaldo Quinta (PTB) foi considerado pelo Ministério Público Estadual (MPES) o chefe do esquema.

O procurador-geral, Constâncio Brandão, que continua preso, era considerado o braço direito das fraudes.

Supersecretária
Sobrinha de Reginaldo, a secretária Geovana Quinta Costalonga, solta ontem à noite, acumulava três cargos no primeiro escalão do município: Educação, Habitação e Ação Social. Ela é descrita nos autos da operação como a "supersecretária", responsável pela condução dos contratos que envolviam empresas locais – sobretudo na área da construção civil e da Educação. Ela teria forte ligação com o pregoeiro Jovane Cabral.

Pagamento feito
Em junho, mesmo estando presos, os secretários Flávio Jordão, Márcio Roberto e Geovana Quinta tiveram depositados em suas contas R$ 3,1 mil de salário, relativos aos 19 dias de abril em que trabalharam. O pregoeiro Jovane Cabral recebeu R$ 29,8 mil, relativo a benefícios e férias acumuladas, além da rescisão com o município. Ele
foi exonerado.

Com informações do G1-ES


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