No mesmo dia em que o deputado federal Audifax Barcelos (PSB) pediu licença de quatro meses do mandato para se dedicar à campanha de prefeito na Serra, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT), convocou o suplente Camilo Cola (PMDB) para reassumir a vaga.

Ainda na última quarta-feira, Camilo respondeu imediatamente dizendo "sim" ao chamado. Com isso, o empresário volta à Casa cinco meses depois de tê-la deixado e dias após ter sido rifado pelo partido na sucessão municipal de Cachoeiro de Itapemirim.

Em fevereiro, Iriny Lopes (PT) retomou o mandato ao sair do Ministério das Mulheres para disputar a Prefeitura de Vitória, deixando o peemedebista na planície. Camilo é primeiro suplente da coligação PMDB-PT-PSB e perdeu a reeleição em 2010.

Na quinta-feira, a secretaria-geral da Mesa Diretora da Câmara corrigiu informação anterior da assessoria de imprensa e confirmou que há convocação constitucional de suplente porque o titular pediu afastamento de 120 dias.

Se eleito na Serra, o socialista dará de bandeja a Camilo seus dois anos restantes de mandato em Brasília. Audifax já vinha cogitando a licença para concentrar-se na disputa contra o prefeito Sérgio Vidigal (PDT), que o elegeu como seu sucessor em 2004.

"Estou me licenciando em respeito à população. Ficarei afastado durante quatro meses, porque pode haver segundo turno na Serra", diz o deputado.

Sem o chamado "DNA" do PSB, Audifax movimentou-se sem ajuda, ao menos oficial, do governador Renato Casagrande (PSB). Com a desistência do deputado Paulo Foletto (PSB) em Colatina, porém, o partido tem na Serra sua principal aposta.

Casagrande dificilmente demoveria Audifax em nome da geopolítica: não tem com ele a mesma proximidade que com Foletto; e seria impossível convencê-lo a esperar 2016 para suceder a Vidigal, com quem o governador não quer romper.

Com informações do G1-ES