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Vem aí a conexão 10 vezes mais rápida - (Fundão, ES)

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Vem aí a conexão 10 vezes mais rápida - 4G

4G Vem aí a conexão 10 vezes mais rápida

Uma conexão móvel com velocidade de até 100 megabytes por segundo, superior à da internet fixa oferecida no mercado, vai chegar ao Brasil a partir deste ano para revolucionar a maneira da população se comunicar. Quatro grandes operadoras e empresas menores vão começar a investir em infraestrutura para a instalação da navegação ultrarrápida, o 4G, em todo o país, que terá velocidade até 10 vezes maior que a tecnologia 3G.

A vantagem do novo sistema vai além da banda larga eficiente. Os smartphones, tablets e notebooks estarão integrados, por meio da tecnologia de quarta geração, à TV digital. Será possível também fazer downloads em alta velocidade, baixas músicas e assistir a vídeos em full HD sem interferências.

O primeiro passo para a nova mobilidade começou a ser dado ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com a realização do leilão para a concessão de várias faixas dentro da frequência 2,5 gigahertz (GHz). Vivo, Claro, Tim e Oi arrematam os maiores lotes de 4G por R$ 2,5 bilhões. Hoje, a partir das 9 horas, em Brasília, a agência dará continuidade a concessões menos expressivas.

O serviço deve começar a operar até abril de 2013 em cidades-sedes da Copa das Confederações, como Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Até dezembro do ano que vem será a vez de Cuiabá, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo.

Para outras capitais do país e subsedes da Copa do Mundo, a data-limite para início de operação é maio de 2014, mas algumas operadoras têm pressa. É possível que o serviço chegue um pouco antes nesses municípios, inclusive em Vitória.

A tecnologia escolhida no Brasil para a operação do 4G é a Long Term Evolution (LTE). A opção pelo sistema, desenvolvido no Japão e o mais difundido pelo mundo, teve a ver com a compatibilidade dos sinais de rádio. A frequência de 2,5 Ghz não se enquadra no Wimax, adotado nos Estados Unidos e no Canadá.

O LTE foi criado para priorizar o tráfego de dados em vez da comunicação de voz. É uma tecnologia 100% voltada para a internet. Permitirá que o internauta faça o download de uma foto em 1 segundo ou baixe uma música em 2 segundos, em seu smartphone, tablet ou com um modem 4G portátil no computador.

O professor do Laboratório de Telecomunicações da Ufes, Anilton Salles, explica que o 4G vai viabilizar chamadas com vídeos. O usuário poderá ver de forma nítida, até por conta da qualidade das imagens, a pessoa com quem está conversando. E importante: as ligações podem ficar mais baratas e com mais qualidade pelo sistema voip (voz sobre IP), bastante instalado em computadores, tablets e notebooks com acesso à internet fixa.

Além de permitir a transmissão e o acesso de filmes em alta definição, o 4G vai se tornar também um mecanismo ainda mais auxiliador no mercado. Os novos sistemas ainda permitirão que eletrodomésticos, equipamentos residenciais, relógios e até carros estejam 24 horas on-line. Outra inovação será para o sistema de saúde. Ambulâncias poderão estar conectadas à rede e permitir um avanço no atendimento.

Para começar a usar o 4G, os consumidores precisarão comprar aparelhos abastecidos pela tecnologia. "Os celulares vão ser ainda melhores por funcionar em várias frequências e estarão aptos a receber tanto a tecnologia Wimax quanto o LTE", diz Anilton Salles.

Por ora, só alguns modelos de smartphones – como o Galaxy S III, da Samsung, e o Lumia 900, da Nokia – estão disponíveis em versões compatíveis com 4G brasileiro. Essas versões devem chegar ao mercado nacional quando as operadoras ativarem suas redes de quarta geração. Os produtos mais aguardado, o iPad e o iPhone 4G, se não forem reformulados, não navegarão na rede daqui. Os dispositivos da Apple trabalham só na frequência de 700 MHz.

Operadoras
As grandes operadoras que compraram os quatro maiores lotes terão direito à atuação nacional. Na briga pela liderança no mercado de telecomunicações, Vivo e Claro conseguiram as principais faixas ofertadas ontem pela Anatel. Isso significa que as duas operadoras é que conseguirão oferecer internet 4G com velocidade de até 100Mbps. As outras empresas terão um espaço menor de atuação e podem oferecer conexão de até 40Mbps.

A Claro venceu a disputa pelo primeiro lote, ao oferecer R$ 844,519 milhões, com ágio de 34,01%. A diretora regional da Claro, Gabriela Derenne, explica que a empresa já deu largada para a operação da quarta geração por ter 80% da sua rede já em IP, devido a investimentos em instalação de fibra ótica, e que 40% da sua cobertura está preparada para o 4G. "O desafio agora é investir em infraestrutura para a instalação de torres e antenas típicas para a nova tecnologia", diz.

Ela afirma que algumas empresas poderão ter dificuldade para atingir a meta da Anatel porque ainda precisarão instalar fibra ótica. "Se não tiver infraestrutura, não existirá 4G. Será só marketing".

A executiva explica que hoje o Espírito Santo tem 13 municípios cobertos por uma rede IP. São esses: Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Cariacica, Fundão, Guarapari, Marataízes, São Mateus, Serra, Itapemirim, Sooretama, Viana, Vila Velha e Vitória. Nessas cidades é que o 4G pode chegar mais rápido.

Já a Vivo venceu a disputa pelo segundo lote, ao oferecer R$ 1,05 bilhão, com ágio de 66,61%. "Atingimos o nosso objetivo com a aquisição de frequências que nos permitirão continuar oferecendo as mais modernas e eficientes soluções de serviços de telecomunicações, especialmente de dados", diz o presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente.

O terceiro lote ficou com a Tim, que ofereceu R$ 340 milhões, com ágio de 7,9%. O preço é inferior aos dois primeiros porque esse lote tem menor capacidade.

"As novas medidas para facilitar compartilhamento de redes e instalação de antenas irão alavancar o desenvolvimento da banda larga móvel nos grandes centros e o serviço para a população das zonas rurais", conclui o executivo da TIM, o diretor de Assuntos Regulatórios, Mario Girasole.

A Oi pagou R$ 330 milhões pelo menor lote, de 5%. O plano de negócios da companhia prevê que até 2015 serão realizados investimentos totais de R$ 24 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões serão gastos somente este ano. Mais da metade será destinada à expansão da infraestrutura de banda larga, o que inclui reforço da capacidade e velocidade, aumento da cobertura, reforço de rede de transporte e introdução de novos serviços, fortalecendo seu amplo portfólio de tecnologias de banda larga, incluindo FTTH, wi-fi, 3G e 4G.

Internet rural
Com o leilão das maiores faixas do 4G, as operadoras também tiveram a obrigação de arrematar lotes da frequência 450 MHz, da internet móvel rural. Cada companhia deverá investir numa região. No Espírito Santo e no Rio, caberá à Tim levar até 2017 telefonia celular e conexão para municípios e distritos do interior. "O leilão vai servir para pagar uma dívida que o setor de telecomunicações tem com a população da zona rural. Mas os investimentos vão demorar para ocorrer. As empresas farão as primeiras instalações nos lugares que derem mais lucratividade", diz o economista e especialista em telecomunicações Thiago Botelho.

Ele explica que a nova frequência para o interior vai exigir ainda a fabricação de aparelhos adaptados. A princípio, o acesso será por meio da tecnologia 2G. Aos poucos, a conexão vai para o 3G. Uma vantagem do 450MHz é a abrangência da faixa. Uma antena tem um raio de atuação de até 70 quilômetros. Isso vai permitir que as empresas economizem na expansão da telefonia móvel.



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