Praça central de Domingos Martins
Uma rotatória no meio da estrada e um pequeno portal marcam a entrada da cidade de Domingos Martins, pequena aglomeração urbana a 43 km de Vitória (ES) que até hoje preserva a cultura de seus fundadores.
Suas ruas traçam a história dos imigrantes que se estabeleceram no local ao longo da segunda metade do século 19. Os primeiros a chegar foram alemães (prussianos, na época) da região de Hünsruck, seguidos por italianos e pomeranos.
Ainda hoje, não é raro ouvir o dialeto germânico-pomerano sendo falado na cidade, e há placas tanto em português quanto em alemão identificando o nome das ruas, como, por exemplo, a Alfred Velten Strasse.
Junto à praça central de Domingos Martins se encontra a pequena igreja, luterana, cuja nave foi inaugurada em 1866. A torre, por sua vez, é mais nova, de 1887 e, como atesta a placa a seu lado, a mais antiga de um templo evangélico no Brasil.
De acordo com a Constituição vigente na época, igrejas não católicas não podiam ter torres. Os colonos infringiram a lei e ameaçaram confronto com as autoridades imperiais para erguê-la.
Cerveja e guaraná
Casas em estilo alemão nas ruas do entorno abrigam restaurantes típicos, cervejarias e lojas diversas. Qualquer bar da cidade vende, orgulhosamente, o guaraná Coroa, refrigerante local.
Próximo à praça, há uma série de quiosques que vende artesanato local e bebidas, tais como vinhos (de jabuticaba, de morango e, inclusive, alguns de uva) e licores: de café, cravo, jenipapo, canela, feitos a partir de cachaça. A maioria estampa nos rótulos: "Produzido por imigrantes italianos". Outros vão além e escrevem o sobrenome da família produtora.
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