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Campanhas politicas: menos promessas e mais soluções - (Vargem Alta, ES)

Vargem Alta

Campanhas politicas: menos promessas e mais soluções - Eleições Municipais

Eleições Municipais Campanhas politicas: menos promessas e mais soluções


Uma campanha pé no chão e sem pirotecnia. É assim que os pré-candidatos prometem ir às ruas pedir votos para a população nas eleições municipais deste ano. 

Devido às perdas financeiras com o fim do Fundap e a ameaça que ainda paira sobre os recursos da divisão dos royalties de petróleo, o governador Renato Casagrande (PSB) alerta: “Quem é candidato tem que ter muita cautela com o que vai se comprometer na campanha. Há necessidade de redução de despesas”.

"Os candidatos devem sempre procurar se informar, não prometer coisas mirabolantes "

“Na hora do aperto, muitos preferem prometer o que sabem que não irão cumprir somente para garantir o voto”, disse uma experiente liderança.

Presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), o prefeito de Vargem Alta, Elieser Rabelo, afirmou que trabalha justamente para alertar os candidatos que a realidade das administrações mudou.

“Todo cuidado é pouco. Os candidatos devem procurar se informar, não prometer coisas mirabolantes porque a realidade das administrações ano que vem será muito diferente da de hoje. Quem fizer muita promessa dificilmente conseguirá cumprir”.
Curso

A Amunes já planeja, com apoio do governo do Estado, a realização do curso Qualicidades, em novembro. O objetivo, segundo Rabelo, é debater o orçamento, a necessidade de planejamento e apresentar caminhos para os futuros prefeitos.

Pré-candidato em Cariacica, o deputado Marcelo Santos (PMDB) chamou atenção para a necessidade de conhecer o orçamento da cidade no período de campanha e, assim, prometer somente aquilo que a gestão terá capacidade de arcar. "Quem ficar prometendo tudo pode criar uma conta que não vai conseguir pagar depois”

Renato Casagrande (PSB), Governador: “Os candidatos devem sempre procurar se informar, não prometer coisas mirabolantes ”

Elieser Rabelo, presidente da Amunes: “Hoje as pessoas querem propostas concretas em que possam sentir que aquilo de fato é uma realidade, que vem do orçamento dos municípios e Estado”, afirmou.

No mesmo sentido falou Marcelo Coelho (PDT), na disputa em Aracruz: “Temos que fazer um choque de gestão, acompanhado de planejamento estratégico para os próximos 20 anos”.

Após criticar a atual administração petista em Vitória, o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas garantiu que é marca do PSDB a “tolerância zero com a demagogia”. “A população tem que dar valor aos candidatos mais preparados e não ir pelas promessas mirabolantes”, disse.

Também na corrida pela prefeitura da Capital, o deputado Luciano Rezende defendeu a boa aplicação dos recursos desde a campanha. “Os futuros prefeitos terão que ter uma enorme capacidade de gastar o dinheiro público com muito critério e combate aos desvios. E isso começa na campanha. Campanha muito rica deve ser vista de forma cuidadosa pelo eleitor”, frisou.

Análise

Receita e despesa entram em pauta
“O momento dessa eleição será diferente das últimas. Já há sinais de que a crise internacional fará a taxa de crescimento no Brasil ser reduzida, o que trará impacto no Espírito Santo. Será uma eleição em contexto mais de retração. Outro ponto para o Espírito Santo está relacionado à perda de receita do Fundap. Grande parte dos municípios do Estado não tem bem estruturada uma cobrança de tributos municipais. Faz parte da cultura populista não cobrar imposto. É preciso que haja uma estruturação disso. Na campanha, a discussão sobre despesa terá que entrar em questão. Apoiar time de futebol, fazer shows desmedidamente, esses gastos têm prioridade? Esses municípios terão que discutir prioridades e hoje vemos muitos jogando dinheiro fora. Receita e despesa terão que entrar em pauta, temas que os candidatos correm na campanha”.

Roberto Garcia Simões, professor da Ufes e especialista em políticas públicas

Fim do FUNDAP:

Atingidos
Com o fim do incentivo, pelo menos 44 municípios capixabas podem ter as finanças abaladas.

Verba
Isso se traduz em não pagamento do funcionalismo e falta de caixas para fazer investimentos.

PIB
O Estado perderá 7,1% de seu PIB, o que corresponde a R$ 5,2 bilhões.

Investimento
A perda média em capacidade de investimento nos municípios será de 81%.

Impacto
Por ano, quase R$ 450 milhões em ICMS deixarão de ser recolhidos aos cofres do Estado.

Municípios
Outros R$ 600 milhões deixarão de ser transferidos aos cofres municipais.

Perdas
As prefeituras, em média, perderão 88% em transferência do Fundo de Participação dos Municípios.

Programas
O fim do Fundap significa a extinção do FundapSocial e, por consequência, do Programa Nossocrédito, gerido pelo Bandes.

Cidades
Os municípios que amargarão as maiores perdas são: Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica, Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Colatina.


Com informações do G1-ES



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