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Polícia Civil prende mulher acusada de estelionato - (Montanha, ES)

Montanha

Estima-se que Rafaela Carlos Campos Vieira tenha enganado de mais de cinco mil pessoas em todo o Estado - Nova Venécia

Nova Venécia Estima-se que Rafaela Carlos Campos Vieira tenha enganado de mais de cinco mil pessoas em todo o Estado

Cartão de visita forjado por Rafaela Vieira para convencer as vítimas

Uma mulher acusada de crime de estelionato foi presa na manhã da última quinta-feira (12), pela equipe de policiais civis da Delegacia de Polícia (DP) de Nova Venécia, no município. Rafaela Carlos Campos Vieira, 33 anos, agia em todo o Noroeste do Estado.

De acordo com informações da DP de Nova Venécia, a acusada foi presa em casa, no Bairro São Francisco, após um mês de investigação. Nos crimes, ela abordava pessoas idosas próximas a um instituto de seguro social e se comprometia a conseguir a aposentadoria das vítimas. Além disso, para realizar o trabalho, Rafaela solicitava uma quantia em dinheiro como adiantamento, e ao receber o valor desaparecia com o dinheiro das vítimas.

Shopplimpe
Segundo uma das vítimas de Rafaela, Adilma Barreto, esse não é seu único crime de estelionato. “Ela se passou por advogada e representante de um importante escritório de advocacia trabalhista, Miranda & Gonçalves, e dizia que ia ajudar os ex-trabalhadores da Shopplimpe daqui de Montanha a receber uma indenização de um antigo processo trabalhista. Só que, para receberem, eles teriam que pagar a quantia de R$ 112 antecipadamente, que, segundo ela, eram de ‘custas processuais’”, conta a secretária.

Adilma conta ainda que Rafaela fazia as pessoas de Montanha irem até a casa dela, em Nova Venécia, para pagarem o valor dos “custas processuais” e dava um recibo, assinado por ela mesma, como garantia. “Ela deu o azar de eu estar acompanhando o processo da Shopplimpe e conhecer o trabalho do advogado trabalhista José Miranda e da senhora Rose Gonçalves, bacharel em direito, e estranhei que tivesse outra advogada envolvida no caso, ainda mais prometendo valores indenizatórios absurdos, tipo R$ 15 e R$ 20 mil. Entrei em contato com Rose para tirar essa história a limpo e foi aí que descobri que essa mulher estava dando um golpe na gente”, explicou.

Rose Gonçalves Miranda explica que só quem pode cobrar custas processuais é o poder judiciário. “Só por esse crime ela poderá responder um processo de atentado contra a Justiça do Trabalho”, explica Rose, que conta ainda que, nesses casos, nunca é cobrado qualquer tipo de custo antecipadamente. "Normalmente nós vamos até as pessoas para fazer o pagamento indenizatório, ou elas vêm até nós, inclusive até custeamos o transporte e a alimentação", acrescenta.

José Miranda Lima conta que Rafaela agiu de má fé. “Umas semanas atrás ela veio aqui no escritório se dizendo advogada e conhecida em todo o interior do Estado. Dizia me conhecer desde pequena e acabamos confiando e acreditando nela. Ela se ofereceu para recrutar pessoas do município dela para vir receber um processo antigo e acabou agindo de má fé com essas pessoas, pois nunca cobramos nada”, conta Miranda.

Ameaças
Adilma Barreto acredita que Rafaela tenha sido presa por causa do alerta que ela fez para os amigos, dizendo que eles estariam sendo vítimas de um golpe da suposta advogada. “Fui eu quem alertei a todos e muitos deixaram de procurá-la e pediram até o dinheiro de volta. Acho que alguém disse que era eu e, não sei como, ela descobriu meu telefone e me ligou fazendo ameaças. Disse que me acharia até no inferno”, conta.

A secretária foi orientada a fazer um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o ocorrido e agora vive com medo, pois não sabe do que Rafaela é capaz. “Hoje morro de medo e meus filhos também. Inclusive, meus sobrinhos vivem me vigiando".

Em Nova Venécia foram identificadas cerca de dez vítimas do golpe. Rafaela Carlos Campos Vieira foi presa, autuada por crime de estelionato, e foi encaminhada para Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Mateus.A acusada não se pronunciou até agora e diz que só responderá por meio do seu advogado. Estima-se que ela tenha dado o golpe em cerca de mais de cinco mil pessoas em todo o Estado.

Miranda aconselha às pessoas que entregaram o dinheiro à Rafaela a fazer um BO, para juntar-se ao inquérito, e procurar um advogado para ir atrás de seus direitos. Segundo ele, cada trabalhador poderá entrar com ações de danos morais e ressarcimento do valor em dobro, "visto que presa, ela já está. Porém, quanto mais processos, mais difícil será de ela respondê-los em liberdade", explica Miranda.


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