Pimentel é acusado de ser mandante do assassinato de um vereador de Calçado
O ex-prefeito de São José do Calçado Alcemar Lopes Pimentel (PMDB) teve pedido de habeas corpus negado pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – o ministro Jorge Mussi foi o relator do caso.
Pimentel é acusado de ser o mandante do assassinato, em fevereiro de 2010, do vereador Warley Lobo Teixeira (PPS), seu adversário político.
Ex-vereador Warley Lobo Teixeira
A defesa do ex-prefeito pedia a cassação do decreto de prisão preventiva de Pimentel e também que fosse determinado à Primeira Câmara Criminal Isolada do Tribunal de Justiça Estadual (TJES) a apreciação do habeas corpus.
O advogado do caso, Arthur Stephan Silva de Melo, defendeu que o processo teria nulidades e não contaria com provas essenciais, como não determinar a quebra do sigilo telefônico dos outros acusados. Os outros dois envolvidos no crime são Fernando Mauricio de Sousa, acusado de ser o executor dos disparos, e Enéias Borges, responsável pela fuga.
Entretanto, em seu voto, dado no último dia 16, Mussi afirmou que a prisão preventiva mostra-se necessária para a garantia da ordem pública, em razão da gravidade do homicídio duplamente qualificado que Pimentel teria cometido.
Assassinato
A denúncia do crime foi feita pelo Ministério Público Estadual (MPES). O documento relata o planejamento do homicídio – que teria sido feito com 15 dias de antecedência – até a execução.
Alcemar Pimentel, considerado inimigo político de Warley Lobo, pessoalmente teria arquitetado detalhes da morte, segundo o MPES. E Enéias e Fernando receberiam a quantia de R$ 30 mil pelo assassinato.
O ex-prefeito responde ainda a processo criminal pelo desvio de verbas federais de um conjunto habitacional construído na época de seu mandato – de 2005 a 2008. Na época, ele chegou a ser afastado do cargo por causa do esquema de corrupção.
Entenda o caso
Acusado: Ex-prefeito de São José do Calçado, Alcemar Lopes Pimentel (PMDB) é acusado de ser o mandante da morte do vereador Warley Lobo Teixeira (PPS), seu adversário político, em fevereiro de 2010.
Denúncia: O Ministério Público Estadual (MPES) propôs denúncia, em março de 2010, contra Pimentel, Enéias Borges, apontado como responsável por contratar o serviço, e Fernando Maurício de Souza, acusado de ser o executor dos disparos. Borges e Souza confirmaram que o crime teria sido encomendado pelo ex-prefeito.
Crime: Segundo o delegado responsável pelo crime na época, Wanderson Prezotti, a motivação do assassinato seria um dossiê contra o ex-prefeito que o vereador teria.
Imagem: Reprodução
Colunista: Ivan de Freitas